28.2.07

ANTIGUA E BARBUDA

Evoca-se aqui o nome desta administração postal de umas pequenas ilhas das Caraíbas, que inundam o mercado filatélico mundial com inúmeras emissões de selos, em quantidade desajustada às suas mínimas necessidades postais, para um comentário à política de emissões dos Correios de Portugal.

Olhando de ano para ano para o crescente número de emissões e para as tiragens cada vez mais reduzidas, com alguns selos com tiragens de apenas 60 mil exemplares, parece manifesto que cada vez menos filatelistas compram os selos portugueses e que, por isso, se vai aumentando o número de emissões e os valores faciais para manter o mesmo volume de negócios à custa de um maior esforço financeiro dos clientes que ainda restam.

Para perceber o resultado do aumento indiscriminado do número de emissões basta ver o que aconteceu com os selos de Macau da última decada, alguns dos quais são hoje vendidos na internet abaixo do seu valor facial.

E se em Portugal as críticas a esta política de emissões raramente passam a letra de forma, até porque os CTT são por natureza os principais financiadores da filatelia organizada, lá por fora nada do que aqui se diz é novidade.

Uma nota publicada no boletim de Julho de 2002 da Portuguese Philatelic Society, do Reino Unido, explica porque razão o boletim desta sociedade deixou de noticiar as novas emissões portuguesas: "For many years the early bulletins featured a listing of these and members found the information useful when mounting the then manageable number of issues which appeared each year. The phletora of these coloured labels wich now spew onto the philatelic market like confetti has rendered it quite impossible to collect them, let alone mount and write them up".

Mais palavras para quê?

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